terça-feira, 29 de maio de 2012

Ideologia verde: esquerdismo e radicalismo que geram atraso e pobreza



João Luiz Mauad: esquerdismo e radicalismo verde geram atraso e pobreza
João Luiz Mauad: esquerdismo e radicalismo verde geram atraso e pobreza
O administrador de empresas João Luiz Mauad, escreveu oportuno artigo em “O Globo” intitulado “A Ideologia Verde”. Extraímos dele alguns parágrafos particularmente clarividentes.

Com a aproximação da Conferência Rio+20, asdeclarações apocalípticas dão o tom do debate. Gilberto Carvalho, por exemplo, declarou que “o mundo se acabaria rapidamente se fosse universalizado o padrão de consumo das elites”.

No mesmo diapasão, o neoconservaciocista Delfim Neto — ninguém menos que um dos idealizadores da escandalosa Transamazônica — foi categórico, em entrevista ao Globo: “Conflitos serão inevitáveis. Não há como o planeta sustentar nove bilhões de pessoas com renda de US$ 20 mil cada”.

Essa gente não tem a menor imaginação. No início do Século XIX, quando a Terra era habitada por apenas 1 bilhão de pessoas, Thomas Malthus previu que a população mundial cresceria em proporções geométricas, enquanto a produção de alimentos e outros recursos cresceria em progressão aritmética.

Pobres ficarão sem esperança de progredir e consumir mais e melhor
Em 1968, quando a população mundial era de 3,5 bilhões, o ecologista Paul Ehrlich escreveu um livro (The Population Bomb) onde previu que, como resultado da superpopulação, centenas de milhões de pessoas morreriam de fome nas décadas seguintes.

Num discurso de 1971, previu que “até o ano de 2000, o Reino Unido será simplesmente um pequeno grupo de ilhas empobrecidas, habitadas por cerca de 70 milhões de famintos.”

De lá para cá, a população mundial dobrou e as previsões alarmistas de Malthus e Ehrlich jamais se concretizaram. 

Pelo contrário, graças às novas tecnologias e ao crescimento exponencial da produtividade, o percentual de subnutridos nos países em desenvolvimento, em relação ao total da população,vem apresentando uma firme tendência declinante há quatro décadas, tendo baixado de 33% em 1970 para 16% em 2004.

Com o tempo, o chamado “movimento verde” foi sendo dominado e transformado por ideólogos esquerdistas, preocupados não com a poluição ou com a nossa saúde, mas com a política e o poder.

A partir desse ponto, a doutrinação, o proselitismo e a disseminação do pânico foram tão fortes que as teorias mais bizarras tornaram-se politicamente corretas.

A essência da ideologia verde está na crença de que a humanidade deve minimizar o seu impacto sobre a natureza, custe o que custar.

Mulher faz cara de nojo ao consumir
quitute ecológico feito com insetos,
Universidade de Wageningen, Holanda
Vide a gritaria contra a aprovação do novo Código Florestal, uma lei extremamente preservacionista e restritiva à atividade econômica, sem similar no mundo, mas que, mesmo assim, conseguiu desagradar os xiitas. 

O que os adeptos desse radicalismo se recusam a enxergar é quenós, seres humanos, só sobrevivemos e prosperamos através da transformação da natureza, sem o quê não satisfazemos as nossas necessidades mínimas. Nosso bem estar está diretamente ligado à nossa capacidade de tornar o ambiente a nossa volta menos agressivo e mais hospitaleiro.

Graças a Deus, as gerações que nos precederam visaram o progresso. Elas tiveram orgulho de construir fábricas, abrir estradas, perfurar poços e escavar a terra a procura de novos recursos.

Graças a Deus, as gerações que nos precederam visaram o progresso
Graças a Deus, as gerações que nos precederam visaram o progresso
Felizmente, não estavam contaminados pela ideologia verde. 

É verdade que tudo isso resultou em alguma poluição e desmatamento. No entanto, mesmo esses indesejáveis efeitos negativos têm sido superadas com bastante êxito pelas nações mais avançadas.

É claro que a solução não está na restrição do consumo, mas no aumento da produtividade e no desenvolvimento tecnológico.

Sem falar que os mais prejudicados, caso esse fanatismo ambientalista prevaleça, serão os mais pobres, caso sejam privados do uso de fontes de energia eficientes e baratas, e da chance de poderem um dia usufruir do padrão de vida dos países ricos.



 

Caçambeiros anunciam novo protesto contra “calote”da prefeitura


Donos de caçambas e maquinas pesadas que prestaram serviço para a Prefeitura de Rio Branco durante a cheia do rio Acre, prometem para esta semana novo protesto contra o atraso do pagamento dos alugueis dos veículos cedidos á Semsur.
Na semana passada mais de quarenta caçambeiros fecharam a estrada da Sobral em frente  a Secretaria de Serviços Urbanos, de onde saíram depois que receberam do secretário Cesário Braga, a garantia de que os pagamentos seriam liberados. Nesta terça-feira, líderes do grupo disseram que a prefeitura adiou novamente o pagamento, retardando para uma data ainda indefinida os pagamentos, atitude que segundo eles, não se justifica.
Os caçambeiros anunciaram que farao novo protesto desta vez numa via de grande acesso da cidade, que será fechada até que o município de garantias para liberação dos recursos. Eles alegam que estão sofrendo constantes cobranças, principalmente dos motoristas contratados pelos donos de caçambas e maquinas que por causa do atraso, também não receberam os salários.
Até o momento, nem a Semsur, nem o gabinete do prefeito se pronunciaram publicamente sobre o assunto.

Acre paga a governador R$ 5 mil a mais do que São Paulo


Ao tornar públicas as informações, os governos estaduais também vão mostrar as disparidades de salários, como o dos próprios governadores, que variam por região e não pelo porte da unidade da Federação. O Acre hoje paga R$ 5 mil a mais do que São Paulo, enquanto que o contracheque do dirigente de Mato Grosso é quase R$ 4 mil menor do que na Bahia. Em uma reunião no último fim de semana, procuradores estaduais discutiram o assunto durante encontro no Rio de Janeiro, e levantaram dúvidas sobre a forma de como será dada publicidade aos salários dos funcionários.
Governos de cinco unidades da Federação consultados pelo Correio — Acre, Ceará, São Paulo, Pará e Mato Grosso — , além do Distrito Federal, já anunciaram oficialmente que vão tornar públicas as informações sobre salários de seus servidores. A Bahia deve engrossar o rol, mas primeiro definirá algumas restrições à publicidade sobre seus funcionários. “A tendência é que isso aconteça (a liberação), mas vamos evitar mostrar os descontos, que é uma informação pessoal”, diz o ouvidor do governo baiano, Jones Oliveira Carvalho. “Ainda estamos discutindo como isso será feito”, acrescenta Carvalho.
A mesma dúvida também tem o governo de Roraima, que não sabe de que forma dará publicidade sobre os salários dos servidores. Segundo o procurador do estado, Venilson Batista da Mata, o assunto vai ser discutido, como ocorreu no encontro realizado no Rio, em que ele esteve presente. Segundo ele, os demais participantes também estão prudentes sobre uma tomada de decisão imediata. “O assunto foi discutido e todos concordaram que a Lei de Acesso à Informações não faz determinações sobre a questão dos vencimentos”, diz Venilson. Segundo ele, todas as procuradorias estaduais vão trocar informações entre si para verificar como o processo será feito.
Judiciário
Em Mato Grosso, segundo a Secretaria de Administração, os salários dos servidores são públicos, inclusive do governador Silval Barbosa (PMDB), que ganha R$ 13,5 mil. O vencimento mostra que os valores são diferentes por região. Na Bahia, Jaques Vagner (PT) recebe em torno de R$ 17,2 mil mensais, menos do que Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo — que tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) do país — cujos ganhos ficam em torno de R$ 19 mil, o que é inferior ao que recebe Tião Viana (PT), do Acre, que é de R$ 24 mil. Em alguns estados a lei determina que os salários devem ser vinculados ao do Poder Judiciário, sendo que os governadores recebem o mesmo que um desembargador.
Apesar da intenção de vários estados em tornar públicas os seus atos, o processo não será imediato, inclusive em relação a São Paulo, onde o governador Geraldo Alckmin determinou que isso fosse feito dois dias depois da Lei de Acesso à Informação começar a valer, no último dia 16. O Acre, Ceará, Pará, Mato Grosso e Distrito Federal estão reunindo seus técnicos em diversas áreas para definir como será a implantação dos sistemas, que não será extensivo aos poderes Legislativo e Judiciário.
Tira-dúvidas
Quais servidores do Executivo terão seus salários divulgados nome a nome?
Todos os da ativa. O Executivo federal já determinou que todos os seus servidores, civis e militares, ocupantes de todos os cargos, terão seus salários publicados na internet nome a nome. Os policiais militares oriundos dos extintos territórios também estão incluídos nesse grupo. A única exceção serão os servidores de estatais com concorrência direta, como a Petrobras, que não terão obrigação de divulgar suas folhas salariais, sob a alegação de que precisam preservar sigilos industriais e comerciais.
E no Legislativo e no Judiciário?
No Congresso, tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado já decidiram que vai fazer o mesmo. As duas casas devem divulgar nos próximos dias como será feita essa publicação. No Judiciário, cada órgão está discutindo como será feita a divulgação. O Supremo Tribunal Federal já anunciou que publicará os dados. A expectativa é que ainda esta semana seja decidido como isso será feito.
Nos outros níveis, os salários também serão publicados?
Outros níveis dos Três Poderes também são obrigados, pela Lei de Acesso, a fazer a divulgação. Nessas esferas, porém, o atraso na aplicação da legislação tem sido maior. Cada um, seja Executivo, seja Legislativo, seja Judiciário, deverá determinar como fará a divulgação.
Como será feita a divulgação no governo federal?
Por meio do Portal da Transparência (www.transparencia.gov.br). Segundo o Ministério do Planejamento, a busca poderá ser feita por meio do nome ou do CPF do servidor. Todos os sites de órgãos e entidades devem colocar na internet mecanismos de redirecionamento para o portal, com as informações publicadas.
Quais dados serão divulgados?
Além da remuneração, serão publicados os auxílios, ajudas de custo, jetons e quaisquer outras vantagens, bem como proventos de aposentadoria e pensões.
O contraqueche será publicado?
Não. Apenas o valor bruto, sem descontos ou valor líquido.
Como serão divulgados os acréscimos recebidos por servidores que participam de conselhos de estatais (jetons)?
As empresas públicas serão responsáveis por enviar as informações ao Ministério do Planejamento, que fará o repasse à CGU.
Fonte: Minisério do Planejamento

Governador Tião Viana começa demitir parentes dos cargos Publicos


Depois de descoberto um suposto esquema de Nepotismo na administração do governador do Acre, Sebastião Viana (PT) e o escândalo ter sido repercutido na Revista Veja,  o governador timidamente, começa a a exonerar seus parentes dos cargos públicos.
O Diário Oficial desta terça-feira (29) publica a exoneração  do primo do governador,  Sebastião Wille Lopes das Neves, nomeado em março desse ano, como Assessor de Execução de Projetos, no Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), órgão que executa o mais importante programa do atual governo, o Ruas do Povo.
LEIA MAIS SOBRE NEPOTISMO NO ACRE:
Confira o decreto:
ESTADO DO ACRE
DECRETO Nº 3.984 DE 24 DE MAIO DE 2012
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE, no uso da atribuição que lhe confere o art. 78, inciso VI, da Constituição Estadual,
RESOLVE:
Art. 1º Exonerar, a pedido, SEBASTIÃO WILLE LOPES DAS NEVES, do cargo de Assessor de Execução de Projetos, do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento – DEPASA, nomeado através do Decreto n° 3.592 de 23 de março de 2012.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a contar de 23 de maio de 2012.
Rio Branco-Acre, 24 de maio de 2012, 124º da República, 110º do Tratado de Petrópolis e 51º do Estado do Acre.
Tião Viana
Governador do Estado do Acre
agora aguardamos a resposta do MP a população Acriana e os Brasileiros.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Movimentações do JBS em Brasília deixam Dilma incomodada e podem inviabilizar compra da Delta

presidenta preocupada por que estão querendo atrapalhar a compra da Delta.


A presidenta Dilma Rousseff ficou bastante incomodada com as informações de que o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, teria circulado por Brasília para buscar apoio à compra da Delta, alvo da CPI do Cachoeira.
A notícia foi publicada hoje na Folha de S. Paulo. O empresário teria se reunido com ministros, integrantes da CPI e até com o vice-presidente, Michel Temer.
Dilma teria inclusive reclamado com alguns ministros por eles terem recebido o empresário.
O fato é que as movimentações do grupo JBS estão contribuindo cada vez mais para piorar o clima entre a empresa e o Palácio do Planalto.
As chances de a empreiteira ser declarada inidônea pela Controladoria Geral da União aumentaram significativamente, o que pode inviabilizar o negócio.

Silêncio de Dilma desrespeitou a Constituição


Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente cochicha, durante a coletiva sobre a decisão do veto, com Luís Inácio Adams, advogado-geral da União. (foto: Agência Brasil)
Mais um fim de semana no escuro, apesar de hoje, 25 de maio, ter sido o último dia do prazo para que a presidente Dilma tomasse uma decisão sobre o veto ao Código Florestal. Há alguns dias, o Brasil assistiu à ausência de depoimento de Carlinhos Cachoeira. Após arrastadíssima representação teatral da pior qualidade, a audiência encerrou-se e a sensação que tivemos foi de que acabávamos de ser logrados. 

Afinal, como é possível tanta verborragia parlamentar e ao mesmo tempo uma completa falta de informações? Carlinhos permaneceu em silêncio, exercendo um direito que lhe é constitucionalmente assegurado. Mas não é só de improbidade administrativa que o país estava falando estas últimas semanas. 

Hoje, todos nós aguardávamos informações precisas, não sobre as negociações da Delta, mas sim sobre o futuro de nossas florestas. Afinal, Dilma aprova o ou veta o novo Código Florestal? Se parcial o veto, que dispositivo estarão sendo vetados? Dilma não apareceu para falar. Mandou seus ministros para uma entrevista coletiva, ao final da qual ficamos sabendo que são 12 vetos (e não 11 nem 13...) e 32 modificações (e não 23 ou 64...). Destas, 14 recuperam o texto do Senado Federal. Outras 13 são ajustes do projeto de lei.

Quais são, porém, esses doze vetos, perguntamos todos nós?  Não, essa resposta não nos será dada. Esperemos... Sejamos pacientes... Quem sabe, na segunda-feira? Por ora, basta sabermos que os números são, respectivamente, 12, 32, 14, 13. Ah, sim, claro, ficamos sabendo que “este não é o código dos ambientalistas nem dos ruralistas, é o código
daqueles que têm bom senso”. Seria divertido num filme do Monthy Python. Como é real, em nosso país, isso é, para dizer o mínimo, doloroso.

Ao deixar o país no vácuo por mais um fim de semana, a Sra. Presidente da República com certeza demonstra que está mal assessorada. Sua equipe não teve competência para preparar as razões de veto, total ou parcial, bem como eventual texto de medida provisória e divulgá-las há duas semanas, na semana passada ou, no máximo, hoje. É esse o governo que se diz preocupado com segurança jurídica? 

Ninguém sabe o que foi vetado. Ninguém sabe que medida provisória vem aí. Independentemente de avaliações políticas pró-ambientalistas ou pró-ruralistas, o certo é que, por estarmos numa democracia, tínhamos o direito de saber HOJE o que foi vetado. O Governo, porém, não cumpriu o seu dever. Dilma não poderia jamais ter permanecido em silêncio. Este direito não lhe era constitucionalmente assegurado.


Nota do editor: corroborando o artigo de Guilherme Purvin, chamou a atenção de boa parte dos analistas que assistiram a coletiva dos ministros capitaneados por Izabella Teixeira três fatos: o uso de uma apresentação em power point sôfrega e indecifrável durante o tempo que a audiência teve para digeri-la. Pareceu camuflagem para a falta de conteúdo que foi a tônica do encontro. Em segundo, a presidente Dilma abandonou sua imagem de coragem e faltou. Para terminar, soubemos que a informação esperada só virá 48 horas após a data em que deveria ter sido entregue.



Governo promove 'investigação seletiva' em CPI, diz Aécio


O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta sexta-feira (25) que o governo federal promove "investigação seletiva" na CPI do Cachoeira, para evitar desgastes ao Planalto.
"Não estamos vendo, por parte daqueles que comandam a CPI, a disposição de fazer uma investigação ampla. Me parece quererem fazer uma investigação seletiva. Contra isso nós vamos reagir", afirmou o ex-governador de Minas Gerais, que participou de encontro do PSDB mineiro com prefeitos e vereadores em Belo Horizonte.
Aécio afirmou que cabe à oposição evitar que a investigação no Congresso "seja um instrumento apenas da guerrilha política de base ou de governo."
Repetindo a linha de defesa da cúpula do PSDB, o senador mineiro disse ainda que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), suspeito de envolvimento com Cachoeira, foi o "único" a manifestar disposição de depor na comissão.
"No que depender de nós, todos os governadores, as empresas privadas, em especial a Delta, todas as relações do contraventor Cachoeira com o setor privado e com o setor público, em todos os níveis, municipal, estadual e federal, deverão ser investigados", disse.
PRÉ-CANDIDATO
O evento com prefeitos e vereadores do PSDB serviu ainda como palco para Aécio se colocar como pré-candidato do partido à Presidência em 2014.
Em discurso, o senador disse que "chegou a hora de Minas Gerais transformar o Brasil". Ele pediu apoio dos militantes tucanos do Estado, que responderam com o coro de "Aécio presidente".
"Além da eleição de cada um dos prefeitos e vereadores do PSDB, está em jogo, sim, o início de uma grande e bela caminhada por esse Brasil inteiro, para que nós possamos vencer as eleições municipais empunhando a bandeira da ética e dizer: chegou a hora de Minas, de verdade. De Minas transformar o Brasil com trabalho e seriedade", afirmou Aécio.
O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), já havia dito na semana passada, também em Belo Horizonte, que Aécio é o "pré-candidato real" colocado no PSDB. E cobrou dele mais viagens pelo país.
O evento da capital mineira, organizado para orientação de candidatos a prefeitos, acabou se transformando em palanque para Aécio se projetar rumo a 2014.
O senador por várias vezes atacou o PT, em entrevistas e em discurso.
Afirmou que as eleições em Minas Gerais estarão na vitrine nacional, em referência ao fato de o PSDB governar o Estado e por ser ele o nome do partido colocado para a corrida presidencial.
"O Brasil inteiro está com os seus olhos voltados para Minas. Uns torcendo a favor, outros apreensivos e alguns também torcendo contra. Todos querem ver como o partido de Aécio em Minas, o partido de Anastasia [governador Antonio Anastasia, afilhado político do senador], vai participar dessas eleições. Que resultados vai colher", afirmou.
Aécio, então, pediu que os tucanos "desdobrem seus esforços, que busquem mais energia e mais força ainda" para a disputa que transcende a eleição municipal.
"Eu conto com cada um de vocês. Vamos vencer as eleições, nós do PSDB ao lado dos nossos aliados, em mais de 90% de Minas Gerais, para dizer chega de PT, chega de falácia, chega de corrupção. É hora da ética e do trabalho."

Delta também financiou a campanha de Dilma



Jornalista Claudio Humberto revela que a empresa de Fernando Cavendish doou oficialmente R$ 1,150 milhão ao PT em 2010, segundo a Justiça Eleitoral

04 de Maio de 2012 às 05:18 
247 – Nem mesmo a presidente Dilma Rousseff parece estar imune contra a lamaceira política que o esquema ilegal de Carlinhos Cachoeira e da Delta tem causado. O PT já se tornara alvo da oposição por uma suposta doação de R$ 1 milhão à campanha presidencial de Lula em 2002 de "empresários dos jogos". Ao que parece, Dilma também foi beneficiada por uma generosa doação. Desta vez, da Delta. Segundo registrou a Justiça Eleitoral, a empresa de Fernando Cavendish doou oficialmente R$ 1,150 milhão à campanha de Dilma Rousseff à presidência, em 2010. A Delta se transformou na empresa que mais recebeu recursos para tocar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Estima-se que esses valores podem ter chegado a R$ 4 bilhões. As informações são do jornalista Claudio Humberto.
Há duas semanas, o ex-assessor e amigo de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda do governo passado, Rogério Buratti apontou o angolano Roberto Kurzweil como intermediário da suposta doação de R$ 1 milhão à campanha presidencial em 2002, sob o compromisso de o presidente legalizar os bingos. O doador, disse Buratti, foi o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
"A doação de Cachoeira, que revelou Rogério Buratti à CPI dos Bingos, seria para o caixa dois (“recursos não contabilizados”) da campanha. Na operação Xeque-Mate da PF, até Vavá, irmão de Lula, se enrolou nos bingos de Dario Morelli Filho, compadre preso do ex-presidente."
Incentivador da CPI do Cachoeira, Lula pode virar um dos focos da comissão de inquérito. A oposição quer trazer à tona a revelação feita pelo advogado Rogério Buratti à CPI dos Bingos, em 2005. Ele afirmou que o senhor Waldomiro Diniz, representando José Dirceu, arrecadou R$ 1 milhão de "empresários dos jogos" do Rio e de São Paulo para a campanha de Lula em 2002.

"Ainda podemos desmatar 3% da Amazônia" O presidente do Ibama, Curt Trennepohl, diz que a agropecuária pode se expandir até 20% no Norte do País, dentro dos limites legais de desmatamento


"O Ibama não tem a visão
de que o agronegócio
é uma atividade ilegal"
Foto: Shutterstock

DINHEIRO RURAL - A expansão de quais culturas agrícolas preocupa mais o Ibama? 
TRENNEPOHL - Em Mato Grosso é a soja. No sul do Amazonas, região de Lábrea e Boca do Acre, e ao longo da BR-163, no sul do Pará, é a pecuária. Atualmente, essas são as maiores frentes de desmatamento. Também há desmatamento no oeste da Bahia, por causa do algodão e da soja - mas não tão acentuado -, e no sul do Piauí, que está começando a produzir soja. Somente em 12% das áreas onde houve desmatamento eles foram autorizados pelos órgãos estaduais. Desses 12%, três quartos são destinados à soja. Mas hoje o setor produtivo já tem uma preocupação: por se tratar de commodity, quanto mais se agregar valor verde à soja, mais ela será valorizada. Veja o setor sucroalcooleiro, que há alguns anos era apresentado como um grande vilão pela mídia. Hoje, quase todas as usinas têm o ISO 4000 ou o selo Amigo da Criança, da Abrinq, porque existe uma competição internacional. Agregar valor verde ao negócio é extremamente importante para o Brasil aumentar o comércio com outros países.

DINHEIRO RURAL - Os produtores também reclamam do Ibama e da Polícia Federal, dizendo que quem faz tudo certo fica envergonhado por causa das ações espalhafatosas desses dois órgãos. 
TRENNEPOHL - Eu separaria o agronegócio hoje entre aqueles que têm consciência e respeitam as regras ambientais e aqueles que estão na contramão. Vamos deixar claro: a grande maioria do agronegócio é séria. O Ibama não tem a visão de que o agronegócio é uma atividade ilegal. Pelo contrário, aqueles com autorização para desmatar não têm nenhum problema com a gente. O indivíduo que o Ibama combate é aquele que o empresário sério também não quer por perto. Além de afrontar a legislação ambiental, quem age à margem da lei está diminuindo o valor ambiental agregado de quem trabalha dentro da lei.

Dono de um patrimônio de US$ 30 bilhões, o empresário Eike Batista, está flertando com o agronegócio


Investimento
Vai um cafezinho aí?

Dono de um patrimônio de US$ 30 bilhões, o homem mais rico do Brasil e o oitavo do mundo, segundo a revista Forbes, o empresário Eike Batista, está flertando com o agronegócio. No início de fevereiro circulou na imprensa que ele estaria à procura de fazendas para comprar. Batista não confirma a informação, mas também não a desmente. Segundo empresários do setor, ele estaria interessado em fazendas no Cerrado mineiro, Goiás e na Bahia para produzir café em áreas de alta mecanizacão da cultura.

Mulheres que chega ao top do sucesso no Brasil


Maria Stella Dahma tem fazendas em São Paulo, Goiás e Piauí
Carla de Freitas, da fazenda Bela Vista, em Chupinguaia (RO)
Foto: Samir Baptista / Ag. Istoé
Ana Cecília de Almeida Lancsarisc tem fazendas em São Paulo


As mulheres do NFA podem ser divididas em dois grupos. Um formado pelas que comandam as fazendas a partir da presença constante nas propriedades – que é maioria no grupo; outro que reúne as que administram a partir de seus escritórios nas cidades e é formado pelas mais jovens, que devem assumir totalmente o negócio nos próximos anos. Sílvia, a atual presidente do NFA, faz parte do primeiro grupo. Sílvia é veterinária com pós-doutorado na Universidade de São Paulo, tem pesquisas publicadas em revistas científicas internacionais, com sede na Holanda, faz consultoria para um grupo de investidores australianos na área de saúde animal e é dona de seis fazendas no interior de São Paulo, nas quais cria gado guzerá e cultiva laranja e seringueira. Para ela, desafio é algo constante em sua vida, inclusive no ambiente familiar. “Na nossa família era comum dizer que se você não tivesse pelo menos mestrado raramente teria a palavra à mesa.” Sílvia é filha do desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, João Osório de Azevedo Júnior, e desde criança convive com os intelectuais ou empresários, amigos do pai, como o ex-ministro Luís Carlos Bresser Pereira, o educador Fábio Aidar, o empresário Abilio Diniz e o fundador do Itaú BBA, Fernão Bracher. “Desde criança vejo esse grupo em conversas filosóficas que chegavam a varar as madrugadas”, diz Sílvia. 

“As grandes empresas estão em busca de mulheres para assumir posições na administração do negócio e nos conselhos”
Ângela Antonioli Pêgas
A voz de comando no campo
Empresários e dirigentes de entidades dizem por que as mulheres estão conquistando espaço na gestão das fazendas e transformando a criação de gado dessas propriedades familiares


Dos três filhos que tem (dois são advogados), Sílvia acredita que quem vai sucedê-la na administração das fazendas é a filha Maria Alice, que acaba de se formar médica veterinária. Mas, assim como a mãe, Maria Alice quer antes conquistar um espaço só seu. “Primeiro, vou trabalhar por conta própria”, diz Maria Alice. No mês passado, ela embarcou para a Inglaterra para trabalhar como ajudante de baia em um haras próximo de Londres.
Enquanto isso, no Brasil, a rotina de Sílvia inclui pelo menos duas semanas do mês ao volante de uma camionete Nissan Frontier, na companhia de Kiska e Hanna, cadelas australianas das raças blue hiller e australian sheppard, apreciadas na lida com o gado. Essa rotina vem desde 2003, ano em que o pai a convocou para ajudá-lo nas fazendas. Há cinco anos, Sílvia passou a gerir todos os negócios da família e fez, em 2011, o faturamento das atividades no campo aumentar em 31%. 


“Nós queremos ganhar dinheiro, trocar experiências e fazer negócios cada vez mais rentáveis”
Carla de Freitas

As damas do agronegócio


Conheça o NFA, um grupo de executivas que estão mudando o jeito de comandar suas fazendas. No jogo do poder, são elas que estão dando a última palavra


Por Vera Ondei

Foto: Kelsen Fernandes
Da esquerda para a direita: Ana Lúcia Iglesias, da Fazenda Rubayat, em Dourados (MS); Sílvia Morgulis tem seis fazendas em São Paulo; Rosalu Queiroz, das fazendas Jaguaretê, em Nantes (SP), e Eldorado do Sul (RS); Carmem Peres, tem fazendas em Mato Grosso; Beatriz Biagi Becker tem três fazendas em São Paulo e Mato Grosso do Sul; Eliane Massari tem fazendas no Maranhão e no Paraná; Ana Luiza Junqueira Viacava tem fazendas no Paraná, em São Paulo e Mato Grosso; Clélia Pacheco, da fazenda Santa Silvéria, em Piratininga (SP); Cristina Bertelli, da fazenda Natureza II, em Brotas (SP); Cláudia Platzeck, tem fazendas em Mato Grosso do Sul; Lídia Massi Serio, tem quatro fazendas em Mato Grosso do Sul e uma no Paraná; Tereza Cristina Vendramini, da fazenda Jacutinga TC, em Flórida Paulista (SP); Natália Massi Serio é filha de Lídia e secretária-executiva do NFA; Marize Porto Costa, da fazenda Santa Brígida, em Ipameri (GO)

Uma vez por mês, um grupo de 23 mulheres tem hora marcada para conversar. Elas se encontram no 16º andar do prédio da Sociedade Rural Brasileira (SBR), no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, mas não falam de filhos, grifes de roupas ou sapatos, muito menos sobre shopping centers ou o rumo da novela das oito. Donas de sobrenomes poderosos da pecuária, elas ocupam posições-chave no comando de fazendas em Estados como São Paulo, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão e Rondônia e, por isso mesmo, preferem dedicar o tempo à troca de informações sobre a gestão das propriedades que administram. No grupo, a disciplina é uma virtude coletiva. Chegam sem atraso à vetusta sede da SBR, repleta de sofás forrados de couro e móveis centenários, pontualmente às 14 horas e tomam lugar em uma grande mesa de mogno. Algumas abrem seus notebooks e tablets, outras; os seus blocos de anotações, e se preparam para um encontro que pode durar até quatro horas.
Nessas reuniões, elas tratam de temas como infraestrutura de produção, demandas de mercado, nutrição animal, pastagens, operações na Bolsa de Mercadorias, linhas de crédito, ou qualquer outro assunto escolhido de comum acordo. Os assuntos podem ser abordados a partir da experiência de uma delas na gestão de sua fazenda, ou por algum convidado especialista no tema. Para fazer parte do Núcleo Feminino do Agronegócio (NFA), nome de batismo desse grupo que nasceu no fim de 2010, é preciso ter o nome aprovado por unanimidade, além de a candidata passar por uma sabatina. Raramente a reunião avança além do tempo combinado. Poucos minutos após o término dos trabalhos, a sala começa a ficar vazia. “O que menos queremos é aparecer”, diz Sílvia Morgulis, presidente do NFA.
“Não está no nosso DNA a exposição e a festa, como se fôssemos celebridades.” No entanto, é praticamente impossível manter o anonimato pretendido por Sílvia. Hoje, o NFA, que vicejou num ambiente de negócio tipicamente masculino, começa a ser visto por outros pecuaristas como referência de organização e troca de experiências entre executivos da nova geração do agronegócio. 
Foto: Pedro Dias
Beatriz Corral Jacintho, tem fazendas em São Paulo e Mato Grosso do Sul
Ana Lúcia Quintiliano,tem fazendas no Paraná e em São Paulo
Janaína Flor de Delestem fazendas em Goiás e Mato Grosso

Segundo Ângela Antonioli Pêgas, economista que já passou por empresas como a Ambev e o banco Goldman Sachs, e que atualmente é diretora da Egon Zehnder International, consultoria de recrutamento de executivos com atuação em 38 países, o NFA faz parte de um amplo movimento nas posições de comando das companhias em todos os setores da economia.“As grandes empresas, mais do que nunca, estão em busca de mulheres para assumir posições diretamente na administração do negócio e também nos conselhos”, diz Ângela. Para ela, essas empresas querem a diversidade de ideias, um trunfo que gera resultados positivos na gestão do negócio. “As mulheres, sejam as que atuam em grandes companhias, sejam as que comandam fazendas, acabam desenvolvendo habilidades comuns.”
No caso do NFA, a habilidade comum é a capacidade de administrar, de gerir o patrimônio familiar e impor no dia a dia das fazendas, cada uma a seu modo, a voz de comando do negócio. “Essas mulheres são a terceira geração da agropecuária moderna que se inicia nos anos 1950, e que transformou o Brasil num dos maiores produtores mundiais de grãos e carne”, diz o agrônomo Francisco Vila, da consultoria Projeto Pecuária, de São Paulo. Vila é o único homem com livre acesso às reuniões do NFA. Na verdade, é uma espécie de mentor da entidade: há dois anos, partiu dele a ideia de formar um grupo de executivas do agronegócio. De acordo com ele, quase todas elas são continuadoras da atividade iniciada por seus avôs, os homens que abriram as fazendas no interior do País. “A segunda geração é a de seus pais, quase todos na faixa de 55 a 70 anos”, diz Vila. “Na terceira geração já não houve mais a obrigatoriedade de ser homem para assumir os negócios da família.” O sobrenome, porém, não foi suficiente para garantir a essa turma o acesso às posições de mando “Essa geração se preparou para tomar conta das fazendas”, diz Vila. Muitas são veterinárias, zootecnistas, administradoras, economistas, algumas até com mestrado e doutorado.

O fim do rentismo Nas últimos 20 anos, o Brasil foi aquilo que Delfim Netto definiu como o último pernil com batatas disponível no mundo

Nas duas últimas décadas, o Brasil foi aquilo que o economista Delfim Netto definiu como o último pernil com batatas disponível no mundo. Com uma política de juros absurda, atraía capitais improdutivos que vinham aqui a passeio e geravam inúmeras distorções na economia – a começar pela taxa de câmbio apreciada.
Nos últimos dias, o pernil foi retirado da mesa, numa decisão que poderá vir a ser lembrada como o marco inaugural do governo Dilma. Até aqui, o que se viu foi apenas a faxina. Agora, começa a construção de uma nova arquitetura macroeconômica, a partir dos seus alicerces. Ao mudar as regras da caderneta de poupança, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, criou as condições para que o Brasil, finalmente, se torne um país normal. Onde a renda advém do trabalho e não da especulação.

Equivocadamente, a decisão do governo Dilma foi interpretada por lobistas da política rentista, que vigorou no Brasil nas duas últimas décadas, como uma guerra contra o sistema financeiro. A guerra não é contra os bancos, mas contra uma postura conservadora de agentes financeiros que lucram bilhões sem assumir riscos, entesourando capital e emprestando o dinheiro dos depositantes para o governo. Na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos, existem bancos fortíssimos que ganham muito dinheiro reali­zando sua atividade básica, que é a de financiar o desenvolvimento. 

Aqui, alguns agentes financeiros terão que aprender a emprestar. E, se até o fim do governo Dilma o crédito saltar de 50% para 100% do PIB, o Brasil terá se aproximado do mundo desenvolvido. Quem acompanhou o movimento com um olhar pessimista preferiu destacar a queda das ações de grandes bancos na Bovespa. Do outro lado, ações de construtoras dispararam. Com juros menores, brasileiros poderão realizar o sonho da casa própria, do novo escritório, de um novo negócio e da realização pessoal. Abre-se, assim, a janela para um país de empreendedores.

Alguns dirão que o Brasil mexeu numa instituição secular, que é a caderneta de poupança. Mas estes, na verdade, não estão preocupados com o dinheiro das velhinhas. São apenas porta-vozes de uma cultura distorcida, que celebrava autoridades que jogavam juros na lua, com seus sacos de maldade, e ridicularizavam o ex-vice-presidente José Alencar, que parecia pregar no deserto contra o rentismo.
Zé tinha razão.

A vida dos outros A República dos Dadás foi longe demais e a CPI é a oportunidade para dar um basta

Lançado em 2006, o filme alemão “A Vida dos Outros” retratava a história de um casal monitorado pela Stasi, a polícia secreta da antiga Alemanha Oriental. Obra-prima, o trabalho foi considerado pela “National Review” a melhor produção dos últimos 25 anos. No Brasil, transformado nos últimos anos na República dos Dadás, já não existe mais a vida privada – apenas a vida dos outros. Espiões, arapongas e policiais federais e militares de diversos Estados alimentaram uma gigantesca indústria de grampos clandestinos. Quase sempre, gravações ilegais que, a posteriori, são esquentadas por meio de investigações formais que as “legalizam”.

O sargento Idalberto Martins, o Dadá, é o retrato perfeito desse estado de coisas que, em outros países, provocaria crises institucionais seríssimas. Formado no serviço militar da Aeronáutica, Dadá migrou da área legítima de inteligência para o submundo. E hoje é o ponto de conexão entre duas CPIs que se desenrolam paralelamente: a de Carlos Cachoeira, no Congresso Nacional, e a da arapongagem, no Distrito Federal. Ambas com farto material sobre grampos ilícitos.

Nos últimos anos, essa indústria só fez prosperar no Brasil, alimentando guerras políticas e empresariais. Num país como o nosso, onde o capitalismo de Estado avança a passos largos, todos são vulneráveis. Não há empresa, minimamente relevante no Brasil, que não mantenha relações frequentes com governos, em todas as esferas do poder. São contatos necessários e que, muitas vezes, dependem de relações pessoais.A impessoalidade, nas relações entre agentes públicos e privados, ainda é um ideal – não uma realidade.

Esse ambiente cria as condições perfeitas para que todos sejam colocados sob uma permanente sombra de suspeição. Até porque, no Brasil de hoje, se dois indivíduos falam sobre uma terceira pessoa, esta também passa a ser questionada. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, citado numa conversa entre Cachoeira e um assessor, sem que jamais tenha tido qualquer relação ou contato nem com um nem com outro. E aquilo que, em outras circunstâncias, seria irrelevante passou a ser utilizado por adversários políticos do ministro, que soube reagir à altura.

Outros países já aproveitaram situações parecidas para dar um basta a essa indústria de chantagens e achaques. Aqui, como nada foi feito nos últimos anos, o Brasil se transformou num dos países mais arriscados do mundo para a atividade política ou empresarial. A realidade concreta e objetiva é que qualquer pessoa, inocente ou culpada, pode ser presa a qualquer momento. Os brasileiros, todos eles, estão à mercê dos Dadás e dos Cachoeiras. Como eles, há muitos outros soltos por aí. 

Era uma vez uma CPIzza? Pescador bom primeiro fisga lambaris, que depois viram isca para traíras

Com apenas 35 anos, o deputado Odair Cunha (PT/MG) ganhou, involuntariamente, o grande papel de sua vida pública. Como relator da CPI do Cachoeira, Cunha poderá se tornar um parlamentar de primeira grandeza no Congresso Nacional ou enterrar de vez sua biografia política, como coveiro de uma CPI que desperta grandes esperanças e expectativas na sociedade brasileira. 

O que está em jogo é desvendar um dos maiores esquemas de extorsão política e econômica que o Brasil já conheceu, entranhado em todos os poderes da sociedade. O caso Carlinhos Cachoeira é o retrato perfeito e acabado do verdadeiro crime organizado no Brasil, que, agora, tem a chance de passar tudo a limpo.

Nesta semana, no primeiro grande movimento para aprovação de requerimentos, Cunha e os demais membros da CPI decepcionaram. Foram chamados apenas personagens de segundo escalão, deixando de fora governadores e o próprio dono da construtora Delta, Fernando Cavendish. O que gerou a desconfiança natural de que Cunha já começara a jogar carvão no forno, para transformar a sua CPI em CPIzza.

Será? Criado na agradável Boa Esperança, cidade no sul de Minas cortada pelo Rio Grande, Odair Cunha, como todo bom mineiro, certamente já pescou nas águas da represa de Furnas. E a sabedoria de um bom pescador ensina que primeiro se pescam lambaris, que depois viram iscas para traíras. E as traíras, quem sabe, podem ajudar a fisgar tubarões.

Com tudo aquilo que foi apurado, pela própria Polícia Federal, e já se sabe até agora, é muito pouco provável que a CPI não dê em nada. Este talvez seja até o desejo do establishment político. Mas, acima dele, existe uma opinião pública. Não só a dos grandes meios, mas também a das vozes que se expressam livremente na internet e nas redes sociais.
Apostar em pizza ainda é prematuro.

SP terá o 1º hospital público para cães e gatos do país


Com isso, o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo não será mais o único local de atendimento, proteção e encaminhamento de animais

São Paulo ganhará o primeiro hospital público para cães e gatos do país
São Paulo ganhará o primeiro hospital público para cães e gatos do país (Mike Segar/Reuters)
O Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, vai ganhar o primeiro hospital público para cães e gatos do Brasil. O projeto faz parte das ações da Coordenadoria Especial de Proteção a Animais Domésticos, criada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD).
O projeto, proposto pelo vereador Roberto Trípoli (PV), será formalizado na semana que vem, quando a prefeitura assinará contrato com a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo (Anclivepa-SP). A entidade será responsável pela gestão do hospital.
"É uma ação inédita no país, salientou o conselheiro da Anclivepa-SP, Wilson Grassi Júnior. "Vamos quebrar paradigmas e espero que isso se estenda a outras cidades". Além de oferecer tratamento a animais de famílias carentes, o hospital servirá como escola para alunos de cursos de especialização veterinária ministrados pela associação. A prefeitura calcula que a população total de cães e gatos em São Paulo seja de 3 milhões.
As instalações ficarão num prédio que pertence à Anclivepa-SP, onde a associação já tinha planos de criar um hospital. "A prefeitura nos procurou para que uníssemos nossos projetos", disse Júnior. "Assim, poderemos potencializar nossas ações". Segundo o conselheiro, o hospital deve entrar em funcionamento 30 dias depois de assinado o contrato. Com a criação da Coordenadoria, o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ) não será mais o único local de atendimento, proteção e encaminhamento de animais. 

No Brasil, 45% das cidades ainda não têm esgoto; em 25% dos municípios, há racionamento de água


Atlas de Saneamento do IBGE, com dados de 2008, mostra que diferenças regionais persistem. Enquanto no Sudeste 95% têm rede de esgoto, no Norte só 13% dispõem do serviço

Esgoto no bairro de Marambaia, Belém (PA)
Esgoto no bairro de Marambaia, Belém (PA) (Filipe Araújo/AE)
Determinantes para a qualidade de vida, saúde e bem-estar da população, as condições de saneamento básico ainda separam grande parte dos brasileiros do que é considerado adequado em matéria de abastecimento de água e esgoto sanitário. O Atlas de Saneamento 2011, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base em dados de 2008 e divulgado oficialmente na manhã desta quarta-feira, detalha índices de quantidade e qualidade por região do país. Apesar dos avanços registrados entre 2000 e 2008, principalmente em relação à cobertura por redes de água e esgoto, persistem diferenças marcantes entre o Sudeste – mais equipado – e as regiões Norte e Nordeste, em pior situação. Desperdício e baixa qualidade do serviço também preocupam, e, não por acaso, as áreas com maiores incidências de doenças de transmissão hídrica e problemas como a dengue coincidem com as piores coberturas.

O Brasil tem, de acordo com o estudo elaborado pelo IBGE, um longo caminho rumo à universalização do saneamento. A apresentação do estudo destaca que, em 2008, apenas 33 municípios permaneciam sem abastecimento de água no país – embora, em grande parte ainda persistam formas rudimentares de captação e tratamento. Em relação ao esgoto, a situação é alarmante: em 2.495 municípios, ou 44,8% do total de cidades, não há rede coletora. Destacam-se negativamente grande parte dos estados do Nordeste e Norte, principalmente nos estados da Bahia, Maranhão, Piauí e Pará.

Água – Apesar de o abastecimento de água não ser o que mais preocupa nas cidades brasileiras, a precariedade das redes é um problema. Além de não prover um serviço com qualidade satisfatória, a forma de distribuição tem graves deficiências do ponto de vista ambiental. Os dados analisados no Atlas de Saneamento indicam um desperdício de água entre a captação e o consumidor muito acima do aceitável. O problema é maior nas cidades com mais de 100 mil habitantes. De acordo com o IBGE, 60% dos municípios a partir desse porte, no Brasil, têm níveis de desperdício entre 20% e 50% da captação. Nas cidades abaixo de 100 mil habitantes, a média de desperdício está na faixa de 20%.
A distribuição do abastecimento de água no Brasil
Informações obtidas com os próprios municípios mostram que as famílias brasileiras, mesmo onde há infraestrutura de abastecimento, não têm um serviço confiável. Cerca de 23% das cidades convivem com racionamento de água. Em 41% delas, esse racionamento é constante, causado, principalmente, por fatores como seca ou estiagem prolongada – encontrados em 66% dos municípios.
Os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) de 2008 mostram grande defasagem regional para o fornecimento de água nos domicílios. Em 2008, o abastecimento de água em pelo menos um distrito era encontrado quase na totalidade dos municípios brasileiros (99,4%). Dos 5.564 municípios, só 33 não dispunham de rede. Das cidades nessa situação, 63,3% - ou 21 munícipios – estão no Nordeste, a maior parte deles na Paraíba, com 11 municípios.
A pesquisa destaca a forma ainda lenta de redução da desigualdade entre as regiões do Brasil, em matéria de abastecimento. Para isso, é analisado o volume de água distribuído por habitante. Em 2008 foram distribuídos, diariamente, 0,32 metro cúbico, ou 320 litros de água por pessoa. Há, no entanto, grande variação entre as regiões. No Sudeste, este volume é de 0,45 m³ per capita. No Nordeste, a marca é de apenas 0,21 m³, menos da metade dos moradores da região mais bem atendida pelo abastecimento. A análise da pesquisadora Amanda Estela Guerra: “Embora o volume total tenha aumentado em todas as regiões do país, comparando-se com os números apresentados pela PNSB 2000, as diferenças regionais permanecem praticamente inalteradas.

Esgoto – A coleta de esgoto está presente em 55% dos municípios brasileiros. Já o tratamento desses resíduos só é feito em 29% deles. Há ainda grandes discrepâncias regionais. Enquanto no Sudeste as redes coletoras estão em 95% das cidades, no Norte apenas 13% têm o serviço, e somente 8% dispõem de tratamento. No Nordeste, 46% têm coleta (tratamento em 29%). No Sul há rede em 40% das cidades, e tratamento em 24%. No Centro-Oeste, o serviço de esgotamento sanitário está presente em 28% dos municípios, e o tratamento em 25%.

Blatter pede fim das disputas de pênaltis no futebol


O presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediu nesta sexta-feira o fim das disputas de pênaltis no futebol profissional. Durante um congresso da entidade que está sendo realizado em Budapeste, na Hungria, o dirigente pediu ao ex-jogador alemão Franz Beckenbauer que ache uma alternativa para as partidas decisivas que terminarem empatadas.
Blatter considerou as disputas de pênaltis como uma "tragédia" e afirmou que fazem o futebol "perder sua essência". "Futebol pode ser um drama, até uma tragédia, quando vai para os pênaltis", declarou. "Futebol não deveria ir para o um contra um. Quando vai para os pênaltis, perde sua essência como esporte coletivo", completou.
Após a análise, o presidente da principal entidade do futebol mundial pediu ajuda a Beckenbauer, que lidera a força-tarefa criada em 2010 para melhorar o futebol até a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. "Talvez Franz Beckenbauer, com seu grupo, possa apresentar uma solução. Se não hoje, então amanhã", comentou.
As disputas de pênaltis voltaram a ser assunto no futebol mundial no último sábado, quando o Chelsea sagrou-se campeão da Liga dos Campeões da Europa após empatar com o Bayern de Munique por 1 a 1, no tempo normal e na prorrogação, e vencer justamente nos pênaltis. Na ocasião, o time inglês foi bastante criticado por sua postura defensiva. 

NEPOTISMO EM PAUTA NO ACRE MPE nega que tenha sido consultado por governador sobre nepotismo


O site AC 24 Horas removeu de sua base de dados a notícia intitulada “Na TV, Sebastião Viana fala que MP não vê problema na nomeação de seus parentes a cargos públicos”, que mencionava entrevista do governador do Acre ao programa Gazeta Entrevista, de terça-feira (22).

A exclusão do conteúdo aconteceu após o secretário estadual de Comunicação, Leonildo Rosas, ter anunciado no Twitter que a assessoria jurídica do governador Sebastião Viana fora acionada para mover mais uma ação contra o site.

Segundo Rosas, Viana em momento algum disse que o Ministério Público não vê problemas em nomeação de parentes.

- O site tucano mentiu. O que Tião Viana falou foi bem diferente. Basta acessar o site da TV Gazeta. A entrevista está lá. Essa ação de Tião Viana contra o AC 24 Horas será por calúnia e difamação - acrescentou Rosas.

Outro site, GazetaNet, relata que o governador, durante a entrevista, não fugiu de assuntos polêmicos, como a publicação feita pela coluna Holofote, da revista Veja, onde foi acusado de contratar parentes para cargos de confiança na máquina pública.

Segundo GazetaNet, o governador afirmou que solicitou ao Ministério Público Estadual a verificação de possíveis atos de nepotismo nas nomeações.

- Eu não pratiquei nepotismo. Se algum caso fosse constatado pelo Ministério Público eu seria o primeiro a fazer a demissão - disse Viana.

A polêmica levou a procuradora-geral de Justiça do Acre, Patrícia Rêgo, a divulgar na tarde deste quarta uma nota de esclarecimento (leia) em que afirma que o Ministério Público não pode e não prestou consultoria ao governo do Acre em relação à contratação de parentes para ocupar cargos públicos.

A procuradora-geral de Justiça informou que o MPE instaurou procedimento preparatório para apurar notícias de nepotismo, estando o feito aguardando o envio de documentação requisitada ao governo estadual.

- Portanto, após a ultimação das investigações, a sociedade acreana tomará conhecimento do desfecho do procedimento instaurado para apurar a situação fática em apreço, tudo de acordo com os princípios e regras consagradas no ordenamento jurídico vigente - conclui a nota da procuradora Patrícia Rego.

O secretário Leonildo Rosas reagiu no Twitter após a publicação da nota assinada pela procuradora-geral de Justiça:

- Certamente o MPE dará resposta a todo processo de estupro, sequestro e corrupção envolvendo detentor de mandato. É isso doutora Patrícia?