Maria Stella Dahma tem fazendas em São Paulo, Goiás e Piauí
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Carla de Freitas, da fazenda Bela Vista, em Chupinguaia (RO)
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Ana Cecília de Almeida Lancsarisc tem fazendas em São Paulo
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As mulheres do NFA podem ser divididas em dois grupos. Um formado pelas que comandam as fazendas a partir da presença constante nas propriedades – que é maioria no grupo; outro que reúne as que administram a partir de seus escritórios nas cidades e é formado pelas mais jovens, que devem assumir totalmente o negócio nos próximos anos. Sílvia, a atual presidente do NFA, faz parte do primeiro grupo. Sílvia é veterinária com pós-doutorado na Universidade de São Paulo, tem pesquisas publicadas em revistas científicas internacionais, com sede na Holanda, faz consultoria para um grupo de investidores australianos na área de saúde animal e é dona de seis fazendas no interior de São Paulo, nas quais cria gado guzerá e cultiva laranja e seringueira. Para ela, desafio é algo constante em sua vida, inclusive no ambiente familiar. “Na nossa família era comum dizer que se você não tivesse pelo menos mestrado raramente teria a palavra à mesa.” Sílvia é filha do desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, João Osório de Azevedo Júnior, e desde criança convive com os intelectuais ou empresários, amigos do pai, como o ex-ministro Luís Carlos Bresser Pereira, o educador Fábio Aidar, o empresário Abilio Diniz e o fundador do Itaú BBA, Fernão Bracher. “Desde criança vejo esse grupo em conversas filosóficas que chegavam a varar as madrugadas”, diz Sílvia.
“As grandes empresas estão em busca de mulheres para assumir posições na administração do negócio e nos conselhos”
Ângela Antonioli Pêgas
A voz de comando no campo
Empresários e dirigentes de entidades dizem por que as mulheres estão conquistando espaço na gestão das fazendas e transformando a criação de gado dessas propriedades familiares
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Dos três filhos que tem (dois são advogados), Sílvia acredita que quem vai sucedê-la na administração das fazendas é a filha Maria Alice, que acaba de se formar médica veterinária. Mas, assim como a mãe, Maria Alice quer antes conquistar um espaço só seu. “Primeiro, vou trabalhar por conta própria”, diz Maria Alice. No mês passado, ela embarcou para a Inglaterra para trabalhar como ajudante de baia em um haras próximo de Londres.
Enquanto isso, no Brasil, a rotina de Sílvia inclui pelo menos duas semanas do mês ao volante de uma camionete Nissan Frontier, na companhia de Kiska e Hanna, cadelas australianas das raças blue hiller e australian sheppard, apreciadas na lida com o gado. Essa rotina vem desde 2003, ano em que o pai a convocou para ajudá-lo nas fazendas. Há cinco anos, Sílvia passou a gerir todos os negócios da família e fez, em 2011, o faturamento das atividades no campo aumentar em 31%.
“Nós queremos ganhar dinheiro, trocar experiências e fazer negócios cada vez mais rentáveis”
Carla de Freitas
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