sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Treze famílias continuam desabrigadas com a cheia do Juruá
“Tive a maior dificuldade de tirar as coisas de dentro de casa foi uma enchente muito rápida. O Vagner Sales esteve lá na hora que eu estava saindo. Passei logo uns carões nele e perguntei por que a Prefeitura não me dá uma casa”, diz a bem humorada aposentada, Luíza Rodrigues, 85 anos.
Dona Luíza é uma das moradoras mais antigas da Comunidade Boca do Môa. Ela conta que já faz muito tempo que todos os anos tem que deixar a sua pequena casa no período da enchente.
O Rio Juruá já começou a vazar, mas ainda não existe previsão para a volta das 10 famílias que estão abrigadas no Ginásio Alailton Negreiros, onde recebem assistência da Prefeitura. Outras três famílias estão alojadas em casas de parentes.
Na tarde de quarta-feira (28) o rio estava com 13.35 metros, ainda bem acima da cota de transbordamento. Já havia a expectativa do nível da água baixar durante os próximos dias, mas com uma chuva torrencial que caiu sobre a região na noite de ontem (quarta), muitos afluentes ficaram alagados e o rio pode voltar a encher.
Os bairros da Lagoa e Boca do Môa são os mais atingidos com cheia do Juruá.
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