sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Transporte clandestino invade Cruzeiro do Sul

Empresa de ônibus credenciada já enfrenta dificuldades para encarar a concorrência ilegal, inclusive para Rio Branco.

A Empresa Real Norte que detém a concessão de transporte intermunicipal e é credenciada pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) para atuar a partir de Cruzeiro do Sul para outros municípios do Acre, inclusive a capital Rio Branco, está perdendo boa parte de seus usuários para operadores do transporte clandestino.
O problema que já era grande com as rotas para Rodrigues Alves e Mâncio Lima, cresceu com a ligação definitiva da BR-364 para Rio Branco. Além dos veículos de passeio, vans, taxi e até ônibus de empresas que não são credenciadas, já estão na briga.
“As vezes chegamos no terminal e não temos sequer lugar para estacionar os ônibus, porque o espaço fica ocupado com carros de clandestinos. Quando faltam dez minutos para o horário do ônibus, eles vem aqui no terminal e chamam os passageiros. Muitas vezes temos que sair daqui com o ônibus vazio para Mâncio Lima e Rodrigues Alves”, lamenta um dos representantes da empresa.
Para Rio Branco funcionários de empresas que não estariam regularizadas para a rota, vendem passagens disputando cada passageiro. Além dos ônibus carros de passeio e caminhonetes também fazem o transporte.
O representante do Detran em Cruzeiro do Sul, Valdeci Dantas, diz que quem pratica o transporte clandestino está no exercício ilegal da profissão e pode responder por esta contraversão penal. Porém, ele ressalta a dificuldade para conseguir testemunhas, já que normalmente os passageiros são instruídos a dizer que são parentes dos motoristas.
Dantas faz um alerta à população, sobre os riscos que um usuário do transporte clandestino está correndo. “A empresa credenciada paga todos os tributos e seguros que dão garantias aos passageiros, como assistência médica em caso de acidente, por exemplo. Além de que os veículos não são fiscalizados para esse tido de transporte, ser usuário do transporte clandestino é um grande risco”, comenta.

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