O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Acre, Ronald Polanco, pediu desculpas à Assembleia Legislativa durante a sessão plenária realizada ontem. “A Assembleia Legislativa foi vítima de pré-julgamento antecipado” (sic), afirmou.
O presidente do TCE também lembrou que o procurador-chefe do Ministério Público Especial de Contas, João Izidro de Melo Neto, “foi vítima de ataques pessoais” durante repercussão das notícias. “Lamentamos esses episódios”, disse Polanco, antes de encerrar a sessão.
A decisão de reiterar o pedido para que os parlamentares prestem contas foi do colegiado de procuradores do TCE. Não foi uma decisão isolada da procuradoria-chefe, mas de uma instância superior que é o Conselho de Procuradores. “Esperamos que a corte se pronuncie a respeito”, pontuou Izidro.
O Tribunal de Contas tem prazo de 15 dias para responder à solicitação do colegiado de procuradores. Izidro não quis detalhar quais medidas tomará caso a corte se negue a cobrar da Aleac a prestação de contas.
Afirmou apenas que “tomará outras providências”. Como o Ministério Público Especial de Contas tem limitações institucionais para atuar fora do TCE, o procurador-chefe não descartou a possibilidade de apelar para outros órgãos de maneira a se cumprir o que exige a Constituição Federal.
Afirmou apenas que “tomará outras providências”. Como o Ministério Público Especial de Contas tem limitações institucionais para atuar fora do TCE, o procurador-chefe não descartou a possibilidade de apelar para outros órgãos de maneira a se cumprir o que exige a Constituição Federal.
Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal são instituições apontadas pelo procurador para que faça valer a cobrança da prestação de contas das verbas de gabinete dos parlamentares, caso a corte do TCE negue o pedido do cole-giado de procuradores.
A reportagem de A GAZETA tentou por diversas vezes para o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Elson Santiago para que ele se pronunciasse sobre as declarações do presidente do TCE, Ronaldo Polanco. Até o fim desta edição, não houve retorno das ligações.
De acordo com a conselheira-relatora, nos últimos quatro meses do ano, os gastos da Aleac com pessoal ultrapassaram R$ 62,8 milhões. Esse montante representa 1,90% da RCL. Está abaixo do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal que prevê 2%.
O presidente da Aleac, Elson Santiago, deve ser notificado dessa situação de “alerta” sobre os gastos com pessoal. O TCE também deve notificar a presidência da Aleac sobre o não envio de informações detalhadas relativas aos servidores inativos e pensionistas.
Pelo parecer da relatora, essa conduta do presidente da Aleac descumpre decisão do TCE formalizada ano passado.
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