domingo, 8 de abril de 2012

POR QUE A IMPRENSA DO ACRE NÃO FALA NADA E NEM O MINISTÉRIO PUBLICO A ESSE RESPEITO

Tião Viana é acusado de atos ilícitos e abuso de poder durante a campanha do ano passado



O MPE (Ministério Público Eleitoral) entrou com um recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a cassação do governador do Acre, Tião Viana (PT), de seu vice, Carlos Messias (PP), do senador Jorge Viana (PT) e de seus suplentes. Todos são acusados de terem cometido abusos e atos ilícitos na campanha do ano passado.

O órgão alega que os diplomas dos eleitos foram obtidos “ilegítima e ilegalmente, com violações flagrantes que levaram ao desequilíbrio da disputa eleitoral no Acre”.

Segundo o MPE, uma das ilegalidades é a participação de funcionários de empresas privadas que prestavam serviço ao Estado na divulgação da campanha. 
A denúncia também aponta abuso de poder econômico, já que, em pelo menos duas ocasiões, servidores foram persuadidos a votares nos candidatos em eventos relacionados à administração local.

O Ministério Público aponta ainda que houve indução para que os principais veículos de imprensa do Acre fizessem reportagens positivas para os candidatos e prejudiciais para os adversários, fragilizando a imagem dos opositores. 

Outro lado

O advogado Odilardo Marques, que integrou a defesa dos irmãos Viana, contesta o teor do recurso protocolado pelo MPE e diz que os dois “estão tranquilos”, porque fizeram uma “campanha limpa”.

- Isso não traz qualquer tipo de temor, as provas são muito inconsistentes. 

De acordo com Marques, a alegação de que Tião e Jorge Viana foram beneficiados por meios de comunicação, como diz a denúncia, é incorreta.

- Eles dizem que a TV Aldeia, que é pública, teria publicado notícias favoráveis aos candidatos, mas isso foi descontextualizado. Foram [veiculados] releases. Nos mesmos programas em que foi dada a agenda de participação dos dois [na campanha], também foi dado destaque a todos os demais candidatos.

Quanto a outras irregularidades que teriam sido cometidas, o advogado afirma que o Ministério Público se baseou em um inquérito da Polícia Federal que foi trancado porque as provas eram ilegais, obtidas de forma ilícita.

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