Dona de casa afirma que filho sofre de problemas mentais e não estaria recebendo acompanhamento. Direção de presídio contesta.
Aldenira Torres, moradora no município de Rodrigues Alves, esteve em Cruzeiro do Sul onde procurou a TV Juruá, para reclamar do tratamento que o filho, Ronaldo Torres Ferreira, estaria recebendo no Presídio Manoel Néri da Silva, onde está preso há 10 meses, sob acusação de tráfico de drogas.
A mulher afirma que o filho sofre de problemas mentais e depois que chegou ao presídio teve seu tratamento psiquiátrico interrompido. “Ele já tentou duas vezes se matar lá dentro, eu falei com uma assistente social para o Ronaldo continuar o tratamento, mas ela exigiu um encaminhamento. Ele fica muito perturbado e é tratado como um cachorro. No último domingo jogaram spray de pimenta nos olhos dele, outra vez teve uma arma apontada para a cabeça”, denuncia a mulher.
Marquiones dos Santos Moura, diretor do presídio afirma que o presidiário foi levado ao Centro de Atendimento Psíquico Social (CAPS) de Cruzeiro do Sul onde não havia nenhum registro de atendimento ao referido paciente.
“O CAPS informou que ele nunca teve passagem pela instituição, portanto, fica complicado para dar esse tratamento que a família alega. Fazemos tudo que podemos, se ele precisa de um atendimento médico a gente fornece, temos aqui até o medicamento que ele recebe e assina todos os dias. Sobre esses possíveis maus tratos, a gente até orienta que a família procure o Ministério Público para que essas denúncias sejam apuradas. Inclusive nós vamos mandar ele agora mesmo para fazer um exame de corpo de delito e se for comprovada qualquer agressão, pedimos que o MP e a nossa corregedoria tomem as providências, porque não queremos que isso ocorra dentro do presídio”, responde o diretor.
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