quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Para criar novo partido: O PDT
O senador brasiliense Cristovam Buarque (foto), quer aproveitar a crise que derrubou o ministro Carlos Lupi, presidente do seu PDT, para criar um novo partido. Não, não se entenda mal. Cristovam não quer uma nova sigla. PDT está bom. Cristovam se lembra dos tempos de Leonel Brizola. Só que, na era Lula, “o presidente transformou todos os partidos em uma geleia geral”. Para o senador, PSOL, DEM e talvez o PSDB estejam fora disso, mas os demais partidos “foram diluídos”. Por isso, a questão é garantir identidade aos que estão aí. “Já tem sigla demais. Não precisamos de mais uma”, diz o senador.
ESCAPAR DA GELEIA GERAL
Em meio à tempestade que despejou Carlos Lupi, Cristovam espera que a crise sirva, ao menos, para que o PDT saia do governo. E da geleia geral. Para ele, Lula “fundou seu governo em torno da política econômica e do Bolsa Família, ambas herdadas do antecessor Fernando Henrique”. O PDT, aquele dos tempos de Brizola, seria uma alternativa. Não mais, desde que Lupi entrou no governo. “Ao entrar no governo”, diz o senador, “entramos na diluição, que só se acentuou com a crise”. Sigla, afirma Cristovam, não é partido. O Brasil precisa de partidos.
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