Em entrevista ao iG, Braga já fez seu veredicto sobre o caso: “Isso é um crime que aconteceu. E o crime tem instâncias para analisá-lo. E ele (Demóstenes) terá que responder como qualquer um, se for comprovado. Aparentemente pelas gravações, pelos áudios, ele cometeu um crime”.
Braga tenta tratar o assunto “como página virada”. Seu objetivo é evitar que o caso Demóstenes atrapalhe as votações no Senado. Ainda não se sabe tudo sobre a relação entre políticos e o esquema do bicheiro e empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoreira.
O amazonense ingressou no comando da bancada governista no Senado no dia 12 de março. Ele substituiu o colega Romero Jucá (PMDB-RR), que havia sido líder dos três últimos governos: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
A troca não foi fácil. Braga é oriundo de grupo um dissidente dentro da bancada do PMDB, formado por oito senadores que não se submetiam ao líder do partido, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O amazonense tenta acabar com a celeuma.
"Era um grupo que não estava em oposição ao Renan. Estava em oposição ao modus operandi que a bancada estava sendo conduzida”, diz. “Portanto, nunca formos opositores à pessoa do Renan, mas a forma como estava operando o conjunto das forças da base”, completa.
Ex-prefeito de Manaus e ex-governador do Amazonas por dois mandatos consecutivos, Braga nunca escondeu querer alçar voos mais altos. Tem apenas 14 meses como senador, mas não deixa ser excluído da lista de possíveis candidatos a presidente do Congresso apesar de ocupar, no momento, a liderança do governo.
“A única questão é que eu não tenho impedimento. Não há nenhuma vedação no regimento do Senado que impeça. Agora, não sou nem estou candidato. Quero ajudar a construir uma solução que possa dar prosseguimento neste projeto de ampliar a interlocução e fortalecer a base”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário