Em 2011 já foram diagnosticados 190 novos casos da doença. Secretaria de Saúde diz que aumento se deve a implantação de testes rápidos.
Cruzeiro do Sul é considerada uma área endêmica de hepatite, principalmente do tipo B. Dos 190 novos casos diagnosticados este ano, 137 são do tipo B. “É uma doença silenciosa e infecciosa que quando a pessoa geralmente vai descobrir já faz tempo que contraiu. Um dos meios de transmissão é a relação sexual sem preservativo”, alerta Milena Lopes da Silva, coordenadora de vigilância epidemiológica de Cruzeiro do Sul.
Os novos casos de hepatites notificados este ano, são mais do que o dobro dos diagnosticados em 2010. Para a vigilância epidemiológica, isso se deve ao trabalho de busca ativa, através de campanhas realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde, principalmente com a disponibilização de testes rápidos oferecidos pelo Ministério da Saúde.
Nos últimos 6 anos, Cruzeiro do Sul registrou cerca de 600 novos casos de hepatite, destes 419 são do tipo B.
Hepatites virais
São infecções do fígado causadas por vírus representados por vários tipos: A, B, C, D e E. A transmissão ocorre por meio de água e alimentos contaminados (tipos A e E), sangue (B e C) e relação sexual (mais comum na B). O tipo D da doença só é possível na presença do B e não existe no Espírito Santo.
Sintomas
Apesar da diversidade, os sintomas são semelhantes: cansaço, tontura, enjôo, febre, dor na região do fígado, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites B e C podem evoluir para cirrose hepática e câncer do fígado. Para se detalhar qual é o tipo da doença, é preciso fazer exames específicos, ofertados nas unidades de saúde municipais.
Tratamento
As hepatites que evoluem para as formas crônicas têm tratamento e a eficácia da terapia está associada ao diagnóstico e do grau de acometimento em que se encontra o paciente. Por isso, quanto mais cedo for descoberta, melhor. A hepatite do tipo B geralmente evolui para cura espontânea. Aqueles casos (5% a 10%) que permanecem doentes terão que usar medicamentos para controle por período indefinido.
A hepatite C tem cura, possui tratamento específico por período determinado, em geral, de seis meses a um ano. No Espírito Santo, estima-se que a prevalência da hepatite B seja de 2%.
Prevenção
-Mulheres grávidas podem passar o vírus da hepatite B para o bebê. Devem ser vacinadas no período de gestação a partir do primeiro trimestre. Vacina-se o recém-nascido nas primeiras 12 horas de nascimento;
- Quem recebeu transfusão de sangue antes de 1993 pode ter hepatite C;
- Não compartilhe agulhas nem seringas;
- Exija material esterilizado ou descartável em serviços de saúde, salões de beleza, se fizer tatuagem ou se colocar piercieng;
- Use camisinha.
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